ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 19.10.1989.

 


Aos dezenove dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e oitenta e nove reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Centésima Décima Segunda Sessão Ordinária da Décima Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias das Atas da Centésima Décima Primeira Sessão Ordinária e da Quadragésima Quinta Sessão Solene, as quais deixaram de ser votadas face à inexistência de “quorum” deliberativo. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios n°s 05/89, da Comissão Especial constituída para examinar o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 18/89; e 815/89, do Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e vinte e nove minutos o Sr. Presidente informou que, conforme Requerimento aprovado do Ver. Artur Zanella, o período de Comunicações desta Sessão seria destinado a assinalar o transcurso dos vinte anos da instalação do Canal Dez no Rio Grande do Sul. A seguir, o Senhor Presidente solicitou aos Líderes de Bancada de conduzissem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Fizeram parte da Mesa: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Deputado Luis Abadie, Segundo Vice-Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; Senhor José Antonio de Dios Vieira da Cunha, Secretário de Comunicação Social do Estado, representando o Senhor Governador do Estado; Jornalista Guaraci Cunha, representando o Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; Senhor Gudy Emunds, Diretor-Superintendente da TV Bandeirantes em Porto Alegre; Senhor Marcos Profes, Diretor da Área Comercial da TV Bandeirantes em Porto Alegre; Senhor Sérgio Gaforelli, Diretor Financeiro da Rede Bandeirantes; e Ver. Artur Zanella, proponente da Homenagem e Secretário “ad hoc”. Em continuidade, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à homenagem, destacando a qualidade da programação da Rede Bandeirantes, o desenvolvimento, aprimoramento e aceitação da mesma pela comunidade gaúcha; e concedeu a palavra aos oradores que falariam em nome da Casa. O Ver. Artur Zanella, como proponente da Sessão, e em nome das Bancadas do PFL, PCB, PT e PL, destacou que essa organização de comunicação sempre esteve muito ligada a este Legislativo Municipal. E que o mérito de seu sucesso está basicamente ligado a uma programação voltada aos assuntos da comunidade gaúcha, sem no entanto, descuidar da informação global e integradora. O Ver. Isaac Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, congratulou-se com o autor da proposição, destacando que essa emissora pratica um jornalismo dinâmico, ativo e de muita criatividade. Cumprimentou a direção e funcionários do Canal Dez. O Ver. Airto Ferronato, em nome da Bancada do PMDB, congratulou-se com o Ver. Artur Zanella pela iniciativa de homenagear o transcurso dos vinte anos de instalação do Canal Dez neste Estado, saudou o pioneirismo da TV Bandeirantes e propôs uma reflexão acerca do serviço público prestado pelas emissoras de televisão. O Ver. Luiz Braz, em nome da Bancada do PTB e do PDS, discorreu acerca da história da televisão no Brasil, das dificuldades encontradas pelo Setor de Comunicações na período da Ditadura, e sobre o papel da imprensa enquanto formadora de opinião pública. Saudou os diretores e funcionários da emissora, e louvou a preocução desse complexo de comunicações em abordar temas locais. E o Ver. Omar Ferri, em nome da Bancada do PSB, falou do respeito e prestígio que esse Canal tem sabido manter, destacando o nível de sua programação e o alto interesse pelos temas ligados à comunidade deste Estado, apesar de se tratar de uma emissora paulista. Após, o Sr. Presidente registrou a presença em Plenário do Dr. José Carlos de Mello D’Avila, Diretor-Presidente da EPATUR, e concedeu a palavra ao Sr. Gudy Emunds, Diretor-Superintendente da TV Bandeirantes em Porto Alegre, o qual agradeceu a homenagem em nome da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão e discorreu sobre os objetivos de comunicação social dessa empresa. Às quinze horas e quarenta e um minutos, o Sr. Presidente levantou os trabalhos convidando as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência, e convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Solene a ocorrer hoje, às dezessete horas. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Valdir Fraga e secretariados pelo Ver. Artur Zanella, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Artur Zanella, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1° Secretário.

 

 


O SR. PRESIDENTE: Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje as Comunicações serão dedicadas a assinalar o transcurso dos 20 anos da instalação do Canal 10 no Rio Grande do Sul, a Requerimento do Ver. Artur Zanella.

Há 20 anos, exatamente no dia 10 de outubro de 1969, um grupo de jovens empresários trazia para o Rio Grande do Sul uma nova linguagem a um veículo fantástico que aqui chegara 10 anos antes, em 1959. Inaugurava-se o Canal 10.

A jovem emissora conquistou, de imediato, os gaúchos pela audácia com que seus realizadores se atiraram à conquista de um espaço próprio, então dominado por duas emissoras já consolidadas. E conseguiram. Três anos após, o Canal 10 surpreendia o País ao transmitir, a cores, pela primeira vez, um evento de fora dos estúdios, isto é, a Festa da Uva, em fevereiro de 1972.

Em 1980, o Canal 10 ganhou nova denominação ao integrar-se à Rede Bandeirantes, então um dos três gigantescos complexos de comunicação deste País.

Daí para cá foi só crescimento e melhoria da qualidade nas áreas artística e técnica. Hoje, a Rede Bandeirantes, além do Canal 10, mantém, entre nós, mais as seguintes emissoras: Rádio Bandeirantes AM, Rádio Ipanema e Rádio Bandeirantes FM.

Esta Casa, cuja maioria de seus integrantes acompanhou todos os passos, do Canal 10, nesses anos todos, sente-se honrada em receber, aqui, nesta tarde, os dirigentes e artífices da TV Bandeirantes gaúcha e dizer-lhes da satisfação dos porto-alegrenses, a quem representam em tê-la, diariamente, em suas casas e locais de trabalho, levando a informação, o entretenimento e a cultura.

Passo a palavra agora ao Ver. Artur Zanella, que falará pelas Bancadas do PFL, PCB, PT e PL.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Meus senhores, minhas senhoras, esta Sessão começou, na verdade, numa das inúmeras vezes em que os Vereadores foram convidados a participar de programas na TV, na Rádio Bandeirantes, e que lá, descobrimos que, naquele momento, a Rádio Bandeirantes, a TV que mais cobertura dava a esta Câmara Municipal, era a Bandeirantes. A Lei Orgânica é discutida lá, quase tanto quanto aqui, neste Plenário, e, finalmente, este espetáculo maravilhoso que estamos vendo da cobertura da campanha presidencial, depois de tantos anos, fizeram com que um grupo de Vereadores, ao saber dos 20 anos, praticamente, me deram uma procuração para solicitar esta Sessão; então, na verdade, ela não é um pedido meu, porque, regimentalmente, alguém tem que fazê-lo, mas, na verdade, aquele grupo que sempre está lá, dos mais diversos partidos, acho que se deu conta de que precisamos colocar, cada vez mais, para a comunidade, esta participação da TV e da Rádio Bandeirantes nesses trabalhos. Mas, evidente, que não é só isso, nesses 20 anos, o Sr. Presidente da Casa já colocou alguns marcos históricos, alguns dos quais até testemunhei, naquela famosa Festa da Uva de 1972, estava em Caxias do Sul, quando, pela primeira vez, um evento local, um evento nacional, ao ar livre, era transmitido a cores para todo o Brasil. E tenho certeza de que aquela transmissão, feita num pool para todo o País, fez com que Caxias e toda aquela região fosse ainda mais beneficiada com os seus visitantes, demonstrando a força que tem uma organização como esta. Organização que tem, entre si, também, a Rádio Bandeirantes AM, a Ipanema FM, que a maioria dos jovens gosta de escutar. A Bandeirantes FM, suas 90 repetidoras que atingem cerca de 85% de toda a população do Rio Grande do Sul. Mais importante que isto, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é a constatação que a Bandeirantes, a Difusora antiga, sempre foi extremamente ligada aos programas locais, trazendo como destaque a nossa cultura, os nossos profissionais, e eu citaria somente dois. Quem era aquele obscuro professor de um cursinho pré-vestibular quando começou na Difusora o seu programa? Ora, o hoje, Senador José Fogaça. Ali, ele surgiu. Foi ali que ele começou para este País e hoje é o Vice-Presidente nacional do maior partido brasileiro. E lembro-me com emoção, com saudade - e por isso cito só estes dois nomes  - de José Antônio Daudt, que lá na televisão Bandeirantes confirmou todo aquele potencial que ele tinha para a comunicação social.

Mas eu encerro, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, dizendo que mais importante que tudo isto é o que a Bandeirantes está fazendo, hoje, na divulgação do pleito da presidência da República. É a única rede que apostou nesta eleição como o momento de redenção deste País, de educação cívica, do seu povo, dos seus eleitores e, principalmente, dos seus políticos. E até eu tenho alguns números. Uns dizem que o debate teve 17%, outros dizem que teve 19%. Se discute se isto é alto ou se é baixo. Eu não sei se é alto ou se é baixo. O que eu sei é que 100% da população brasileira, hoje, discute o debate da Bandeirantes. E se discute os que foram e os que não foram. Porque, me parece claro, que assim como conseguem índices favoráveis de votos àqueles que vão, seguramente conseguem índices desfavoráveis os que não comparecem. E esse último, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, me trouxe uma lição que até eu vi assim pincelada em pequenos matizes num dos principais jornais de São Paulo, e faço isso como um comentário, sem juízo de valor, quando um dos presidenciáveis que aspira ser Presidente da República, o Presidente de todos os brasileiros, curvou-se perante a apresentadora daquele programa. Uns acharam ruim porque um futuro Presidente não deve curvar-se a ninguém, isso é algo a discutir-se. Qual é a melhor atitude? É aquela que curva-se perante o poder da imprensa, ali representado por aquela apresentadora? Ou o fato de que um presidenciável teve chamada a sua atenção e aceitou passivamente aquela repreensão? E, ao contrário do que muitos pensam, Sr. Presidente, Srs. Diretores da TV Bandeirantes, senhores representantes aqui, a última discussão entre um dos candidatos, gaúcho, eu creio que apesar de algumas críticas, para mim aquele foi um dos momentos mais ricos que já vi em termos políticos e em termos de comunicação social. Um Presidente trazendo seu passado de ex-Governador, de candidato à Presidente, não aceitando que a sua palavra fosse cortada. E uma apresentadora, dentro do poder que a imprensa tem, tentando cortar aquela palavra. Acho que os dois procederam muito bem. Um, tentando colocar toda a sua posição, a sua força, a sua potencialidade política; e ela, representando a imprensa e a comunicação social, também tentou colocar ali s sua força, acho que ninguém perdeu naquele episódio, acho que quem ganhou foi o País, a democracia. E tudo isso, meus senhores e minhas senhoras, não teríamos presenciado se não tivéssemos no Rio Grande do Sul a Rede Bandeirantes, TV Bandeirantes, seus profissionais, seus trabalhadores, desde os diretores até o humilde funcionário daquela organização, que deram a mim uma aula muito grande, mas preciosa, mesmo, de como deve portar-se uma Rede, uma potência jornalística eqüidistante, que dá condições para todos se expressarem e não tanta influir num episódio tão importante da vida brasileira, a não ser pela força de seu prestígio e de seus profissionais.

Era isso o que eu queria dizer, neste dia, em que comemoramos, em nome do povo de Porto Alegre, os 20 anos da Rede Bandeirantes de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Isaac Ainhorn, que fala em nome de sua Bancada, o PDT.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Efetivamente o proponente desta Sessão o Ver. Artur Zanella foi muito feliz em colocar inicialmente os laços existentes entre este Legislativo Municipal, entre a Câmara Municipal de Porto Alegre e a Rede Bandeirantes. E há como que um verdadeiro entrelaçamento porque é uma rede de comunicação que vem de outro Estado, mas que nos seus vinte anos de existência, e desde 1980 como Rede Bandeirantes, aqui se integrou e aqui passou a vivenciar os sentimentos da Cidade, os sentimentos do Estado, como se aqui no Rio Grande do Sul tivesse nascido. Efetivamente esta Rede, que hoje comemora vinte anos, e que tem no conjunto do País uma dimensão, uma importância das mais significativas, está buscando e já conquistou o seu espaço. Ela tem o seu espaço, o seu estilo de fazer comunicação, e o seu estilo de rádio e de televisão, ele se expressa exatamente na forma como se dimensiona este estilo. E o exemplo muito claro nesse sentido é, por exemplo, o Programa de enorme audiência conhecido como “Canal Livre”. Vejam que ela tem uma dimensão nacional, um canal livre nacional e tem o nosso Canal Livre. Canal Livre, aqui no Estado, em que as questões da Cidade são lá discutidas, debatidas, chegando, o sinal da TV Bandeirantes em grande parte do nosso Estado. Então, ela promove verdadeiramente uma integração, que é o que se busca. E a gratificação para a direção dessa Rede, para o conjunto dos seus funcionários, é que ela realiza, na prática, aquilo que a norma constitucional procura consagrar. Então, a Lei deve ser oriunda daquilo que já é praxe, costume. O costume gera a futura Lei consolidada e a Lei codificada. Srs. membros da Mesa, Srs. Vereadores, funcionários, assistentes, diz o seguinte o art. 221, da Constituição Federal, no Capítulo da Comunicação Federal, da nossa Carta Constitucional, promulgada há pouco mais de um ano: “A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: preferência às finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; regionalização da produção cultural, artística e jornalística; respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.” Poderíamos apanhar cada um desses dispositivos consagrados na Constituição Federal, Ver. Artur Zanella, e desenvolver cada um na sua relação da norma constitucional com aquilo que pratica a nossa homenageada no dia de hoje, a Rede Bandeirantes. É dentro desta ótica que nós vemos a grandeza de uma empresa que vem de fora, mas que aqui passa a desenvolver o seu papel e fazer a sua história, profundamente vinculada aos valores da terra onde ela está sediada. Evidentemente, são essas razões que fizeram com que ela, no correr dos anos, ganhasse a respeitabilidade e a credibilidade da opinião pública do Rio Grande do Sul. Exatamente vejo neste momento um grande futuro, e fico feliz quando a própria Rádio Bandeirantes, também pertencente ao grupo, retoma sua antiga tradição e volta para os programas de debates, para os programas de entrevistas, abrindo os seus espaços para o debate das grandes questões da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso País. E realmente o Poder Público, sobretudo as Casas Legislativas que são poderes desarmados, se não tem ao seu lado a comunicação, elas tendem a quase ficar fechadas nas suas manifestações. Nós, como corpo legislativo, e como homens políticos, realizamos na plenitude o nosso trabalho, do exercício de fiscais da lei, de controle dos atos praticados pelo poder Executivo, na exata medida em que nós conseguimos ter juntamente com a ação política, a ação dos meios de comunicação social. E a Rede Bandeirantes tem sido, na realidade, este instrumento. E é por isto que ela conquistou a respeitabilidade da opinião pública do nosso Estado, da nossa Cidade e dos segmentos que mais conhecem, vamos dizer assim, o metier e a importância que essa Rede hoje tem em nosso Estado.

Evidentemente não poderia ter momento mais significativo para prestar esta homenagem em que ela, a Rede Bandeirantes, Sr. Presidente, convidados, Srs. Vereadores, através do seu corpo de diretores, de controladores e de seus funcionários, neste momento, pratica um jornalismo vivo e dinâmico, criativo, em que efetivamente consegue, com muita felicidade aqui referiu o Ver. Artur Zanella, gerar um calor nos debates políticos que estavam verdadeiramente mornos, na forma como se têm desencadeado, através dos horários gratuitos. É inegável que os debates, sobretudo o terceiro debate nacional, têm propiciado esse tipo de trabalho jornalístico criativo, dinâmico, vivo, altamente independente, trazendo às nossas casas a possibilidade de acompanhamento das posições dos diversos candidatos, no momento mais importante da nossa vida nacional. Não naquele sistema encomendado, como nos programas preparados, mas com o calor vivo do debate, com todas as conseqüências que um programa ao vivo faz com que aconteçam. O Ver. Zanella foi muito feliz quando disse que estava-se referindo sobre o percentual, mas que a grande realidade é que, no dia seguinte, todo o País falava, os jornais, as outras emissoras, os programas gratuitos, enfim, a população toda falava a respeito do debate havido na Rede Bandeirantes. Evidentemente, não podemos desconhecer, temos que ter a clareza da dimensão do momento histórico, depois de 29 anos de jejum de eleições para Presidente da República, em que quase 95% das pessoas que neste momento se encontram nesta Casa vão, pela primeira vez, escolher seu Presidente. Hoje, a ação política passa a ter outros parâmetros porque as redes nacionais de televisão, entrando nas nossas casas, na privacidade dos nossos lares, com seu avanço tecnológico, possibilita que analisemos um candidato pelos seus gestos, pela expressão dos seus olhos, das suas mãos. Inegavelmente o País vem ganhando e quando, em 1960, realizaram-se as últimas eleições presidenciais, as emissoras de televisão totalmente localizadas num ponto ou outro do Brasil, evidentemente, não tinham o papel que passaram a ter hoje. Até o rádio tinha um papel muito mais significativo.

Gostaria de concluir as minhas colocações, falando em nome do PDT, e referir da importância do programa da Rede Bandeirantes e de seus funcionários, no calor dos debates, nas opiniões mais diversas sobre o programa de televisão. E nas próprias divergências, no calor dos debates, nós sabemos, aqui nesta Casa, quando discutimos os interesses da cidade de Porto Alegre, o quanto nós, às vezes, nos exasperamos, brigamos, discutimos na defesa das nossas posições.

Então, aquilo que assistimos sem montagens, ao vivo, sem preparativos e sem ensaio, foi um debate da maior significação e grandeza.

Com respeito, eu como trabalhista, à Rede Bandeirantes, à própria coordenadora dos debates, imaginem, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e senhores convidados, dirigir e coordenar um debate daquela envergadura com aquelas figuras que disputam a suprema Magistratura da Nação, a responsabilidade, o nível de tensionamento. A gente sabe que, quando a luzinha acende, muitas vezes a voz treme, os lábios tremem, os lábios, as mãos, a tensão de enfrentar a luzinha de homens preparados, conhecedores do metier da comunicação. E realmente, a coordenadora dos debates, a Marília Gabriela houve-se com muita competência e até o debate com o meu candidato foram, até, salutar por processo de construção, de consolidação da democracia no nosso País.

Eu quero, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, encerrar aqui este pronunciamento, dizendo que esta Casa na sua tradição - porque nós passamos, mas a instituição, Câmara de Vereadores de Porto Alegre, permanece –, a Rede Bandeirantes, são instituições que nós acreditamos que têm um caráter perene e fazemos votos. Oxalá que daqui a 10 anos estejamos aqui nesta Casa comemorando os 30 anos de Rede Bandeirantes.

Mais uma vez reiteramos as nossas homenagens, os nosso cumprimentos, à Direção da Rede Bandeirantes, aos seus funcionários, a essas figuras que nos dizem tão de perto, tão queridas. Como exemplo significativo, eu refiro aqui a figura estimada de todos nós, Vereadores desta Casa, do Marcos Profes. Eu deixo aqui mais uma vez em nome da Bancada do meu Partido o PDT as nossas homenagens e a nossa saudação à Rede Bandeirantes, com votos de que continue nessa senda, nesse caminho de construção, de um trabalho sério, responsável como até aqui vem desempenhando. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Airto Ferronato pelo PMDB.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: É com grata satisfação que ocupamos hoje a tribuna, em nome da Bancada do PMDB com assento nesta Casa, para expressarmos o nosso reconhecimento e da comunidade gaúcha por todos estes anos de relevante trabalho realizado pelo Canal 10 no campo das telecomunicações.

Cumprimentamos o Ver. Artur Zanella, proponente desta Sessão, bem como a esta Casa Legislativa que sempre teve suas portas abertas para registrar momentos significativos como este. Abraçamos toda a diretoria, aqui representada pelo seu Diretor-Superintendente Sr. Gottfried Emunds, bem como a toda sua equipe de funcionários e colaboradores no Canal 10 – integrante da Rede Bandeirantes – quando completam 20 anos de realizações em seu campo profissional, fruto do esforço determinado e continuado de todos, comungando uma mesma filosofia de trabalho e perseguindo uma lei natural dos meios de comunicação social que determina: credibilidade não se impõe. Se conquista.

Ao longo de todos estes anos de atividades, o Canal 10 – antes como TV Difusora e, desde 1980, integrante da Rede Bandeirantes – seguiu fielmente os fundamentos deste enunciado. Dentro do contexto dos meios de comunicação, a televisão ocupa no Brasil, um espaço considerável em que a credibilidade e a defesa dos interesses maiores do País, representam os pilares básicos desta estrutura, que está presente em todo o território nacional. A televisão brasileira tem lugar de destaque no mundo inteiro pela qualidade de seus programas e pela competência de seus profissionais. Produções bem cuidadas e com conteúdo têm encontrado o apoio da população, comprovado pelos níveis elevados de audiência.

Hoje, o telejornalismo produzido em nossas emissoras tem-se caracterizado pela busca incessante da verdade, da denúncia, da defesa intransigente dos direitos humanos e também no acompanhamento da atividade dos homens públicos. Neste particular, entendemos que o papel dos meios de comunicação deve ser incentivado, para criticar e cobrar – especialmente os que exercem um cargo que lhe foi delegado pela escolha livre e democrática dos cidadãos – uma atuação voltada para o bem comum.

Dirigir e planejar comunicação social, num País com os nossos problemas é um desafio à competência e à tenacidade. Além das dificuldades tecnológicas, a comunicação social eletrônica enfrenta o poder econômico e as pressões de grupos e pessoas, que desejam o atendimento de seus interesses, em detrimento da livre informação.

Nesta Sessão, em que represento meus colegas de Bancada, mais do que desfilar um rosário de adjetivos elogiosos, queremos chamar a atenção para refletir sobre o serviço público prestado por uma emissora de televisão. Ela dever ser o vigilante de nossa riqueza, de nosso comportamento, sempre com a consciência crítica, para que o desenvolvimento do Brasil, seja no sentido de corrigir as injustiças provocadas por nossas distorções sócio-econômicas.

Nesta época em que concluímos a transição democrática, com erros e acertos, todos temos uma grande responsabilidade perante a nossa história: lutar contra a miséria e a injustiça social. Para que não se diga, no futuro, que em nosso tempo, houve homens que se acovardaram perante o desafio de uma unidade nacional, o desafio de tornar os brasileiros felizes.

E aqui entra o nosso homenageado de hoje, o Canal 10, integrado à Rede Bandeirantes. Estão de parabéns seus diretores e funcionários, que saúdo através do Diretor-Superintendente. A programação da emissora tem propiciado espaços generosos para debater, democraticamente, a nossa realidade, atingindo 70% da área geográfica do Estado e 85% da população gaúcha.

Para encerrar, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, estamos às vésperas de uma eleição presidencial que vai consagrar a nossa incipiente democracia. E aqui mais um exemplo de coragem e pioneirismo da TV Bandeirantes: o debate dos presidenciáveis. Cumprindo o papel de esclarecer à população neste que, talvez, seja o momento mais importante da história recente do nosso País, os postulantes foram colocados à prova. Iniciativas desta natureza, aliadas à programação local, fizeram neste 20 anos, o maior patrimônio da TV Bandeirantes no Rio Grande do Sul: a credibilidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença do Sr. José Carlos D’Avila, Presidente da EPATUR.

Concedemos a palavra ao Ver. Luiz Braz, que falará em nome da sua Bancada, PTB, e da Bancada do PDS.

 

O SR. LUIZ BRAZ: A história da televisão, no Brasil, não chega aos 40 anos. Nós vamos completar, agora, neste ano de 1989, 39 anos de história da televisão no Brasil. Nós começamos a ter imagens sendo transmitidas a partir da década de 1950, quando, então, a TV Tupi conseguia colocar no ar as primeiras imagens. E, naquela oportunidade, a TV Tupi conseguiu colocar as suas imagens no ar com três câmeras apenas. Uma destas três câmeras falhou e o técnico norte-americano que estava aqui, no Brasil, para dar assistência a este evento, ficou apavorado com aquilo que acontecia e deixou que tudo ficasse a cargo de técnicos brasileiros. E, aconteceu! A partir daí, se começou a se interessar por esta área de televisão. Mas, só depois de 10 anos passados, é que começou haver a possibilidade de descentralizar este espectro televisão, porque, antigamente, tudo era muito difícil em termos de televisão. Lembro agora daquela importante rede de comunicação no Brasil foi exatamente Porto Alegre, que então conseguiu, em 1960/1961, inaugurar, aqui, a TV Piratini. Aí começa, praticamente, a história da televisão em Porto Alegre. Vejam bem que estamos falando de uma emissora que começa em 1969; falamos exatamente de uma emissora, ou de uma empresa, que tem a metade da vida da televisão em todo o Brasil. Exatamente em 1969, começa um período muito difícil, porque iniciava a época mais cruel da ditadura, ingressa por um período que é fascinante na vida brasileira, porque é o período chamado “milagre brasileiro” e, exatamente no período do “milagre brasileiro” é que acontece a primeira transmissão, a cores, no Brasil, 1972, quando então era Presidente o Gen. Emílio G. Médici. E quem tem o privilégio de fazer esta primeira transmissão a cores no Brasil, e para todo o Brasil, é exatamente o Canal 10. Naquela época, já existia a Rede Bandeirantes, já era uma rede forte, tinha uma penetração fantástica, principalmente em São Paulo, em Minas e outras capitais brasileiras, mas, aqui, no Rio Grande do Sul, ainda não tinha aquela penetração que passou a ter logo depois de 1980, quando então o Canal 10 passou para o comando da TV Bandeirantes. Eu faço questão de registrar isto porque acho que é exatamente este período de vida que tem o Canal 10 que foi o período mais difícil para qualquer comunicador. Foi o período mais difícil para qualquer empresa de comunicação neste nosso Brasil, porque nós que vivemos da comunicação, nós que somos crias da comunicação, nós que somos profissionais da comunicação, sentimos como todos os profissionais que tentaram ser imparciais durante todo este tempo, algo que foi cruel, castrador, limitador e que se chamou censura, mas que não se abatia somente sobre aqueles profissionais que apareciam no vídeo, no microfone, e que era um desastre para aqueles que tinham a obrigação de dirigir a empresa. Aquele que tem a obrigação de dirigir a empresa fica numa situação bastante difícil, num período ditatorial, como o que passamos no Brasil; ele fica com a vontade de dar a mensagem que tem que ser dada para a população, porque, afinal de contas, o grande papel da imprensa é formar a opinião pública, é poder fazer da opinião pública aquilo que todos nós queremos: transformar o País num grande País, transformar a sociedade numa grande sociedade, transformar os desiguais em um pouco mais iguais. E, ao mesmo tempo, em que ele tem aquela vontade de fazer tudo aquilo, ele se vê limitado pelo poder da censura e tem, ao mesmo tempo, lá no estúdio, um profissional que tem os mesmos desejos, e ele tem que fazer com que aquele profissional dê a mensagem que, muitas vezes, não é a mensagem do profissional, não é a mensagem da própria empresa, mas é a mensagem que pode ser dada. E assim vivemos muito tempo. Mas aí está, talvez, a maior possibilidade de êxito que encontrou a Bandeirantes, porque ela conseguiu dar a mensagem, não contrária ao Governo, porque era impossível, mas ela conseguiu dar uma mensagem imparcial, ela conseguiu fazer da sua programação, não uma programação que tivesse mancomunada com o poder estabelecido, mas uma programação que tivesse alguma responsabilidade para com aquela sociedade.

E como bandeirante, como bem diz o nome, ela também começou a buscar espaços para tentar combater aquela que dominava, praticamente, 80% do mercado em todo o Brasil. E para buscar este espaço, foi realmente muito difícil, porque além de buscar espaço para ampliar o seu público alvo, também tem que buscar espaço, e aí o Marcos conhece muito bem sobre isto, no meio comercial. Tem que buscar credibilidade neste meio comercial, até para poder dar respaldo à programação que vai para o ar, logo depois. E nesta procura, eu acredito que talvez a TV Bandeirantes, a Rede Bandeirantes tenha marcado o grande tento de toda a sua existência porque, procurando espaço, ela encontrou o caminho certo, o caminho exato.

Hoje em dia, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, muito mais, mas muito mais do que um debate ou os debates que nós assistimos através da TV Bandeirantes, e que estão sendo organizados através da produção da Rede Bandeirantes, mas muito mais do que isto a Rede Bandeirantes conseguiu fazer com que este País não seja, simplesmente, o País do futebol, mas que este País também seja um país voltado principalmente a sua juventude. E olha que já conseguiu tudo isto, voltado para outros setores do esporte. E é através destes outros setores do esporte, e através desta atenção dos jovens para os outros setores do esporte ou para um espectro maior do que é o esporte, é que nós temos a nossa juventude crescendo, de uma maneira senão tão sadia, também não tão doentia. E eu vejo, hoje em dia, que as discussões que se travam, principalmente em torno de jogos de futebol ou em jogos de basquetebol ou em jogos de voleibol, corridas de automóvel, ou no esporte amador em geral, se travam em cima daquilo que é divulgado pela Bandeirantes.

Eu estou dizendo aqui mais da Bandeirantes, praticamente mais da Bandeirantes do que do Canal 10. O aniversário é do canal 10. Vinte anos do Canal 10. E quando se fala dos 20 anos do Canal 10, a gente não pode perder de vista que estes 20 anos do Canal 10 teve, principalmente através de 1980, o respaldo da programação da Bandeirantes. É por isso que quando se fala em Canal 10 se mistura as coisas e se fala na Bandeirantes. Mas, no que concerne ao Canal 10 local, ao Canal 10 de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, se pode vislumbrar uma preocupação com a programação local, se pode vislumbrar uma preocupação em se abordar temas locais, temas do Rio Grande do Sul, em poder divulgar a cultura do Rio Grande do Sul. E isto realmente eu acredito ser um fator muito importante no setor de comunicação.

No mais, eu queria, no nome do PDS, Ver. João Dib, em nome do Ver. Leão de Medeiros, da Bancada do PDS, na qual estou representando hoje aqui, em nome do meu amigo, companheiro de Bancada do PTB, Ver. Edi Morelli, em meu próprio nome, em nome desta Casa, daqueles que me permitem fazer isto, desejar à Rede Bandeirantes todo o sucesso possível e que continue nesta sua marcha, nesta sua caminhada, sempre tentando fazer com que este caminho de independência, com este seu jeito de bandeirantes, de rompedor de caminhos, de encontrar aberturas para novos caminhos, que sempre continue a nortear os seus passos. Parabéns, principalmente ao Diretor da Rede aqui em Porto Alegre, Sr. Gudy Emunds, que veio lá de São Paulo para se fixar, depois de algum tempo, na Direção, aqui no Rio Grande do Sul. Espero que o êxito seja total para a Rede Bandeirantes, tanto aqui como no resto do Brasil! Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Omar Ferri que fala pela sua Bancada, o PSB.

 

O SR. OMAR FERRI: Acho que aquilo que deveria ser dito já o foi pelos ilustres Vereadores que me antecederam, no entanto, a Bancada do PSB se faz representar, nesta tribuna, devido ao respeito e ao apreço que têm em relação à Rede Bandeirantes que neste mês comemora o 20° aniversário de sua instalação em Porto Alegre.

Gostaria, Sr. Gudy Emunds, além do aplauso que o Partido Socialista traz a V. Exª nesta tarde, e aos demais representantes aqui presentes, que fosse levado o abraço da Casa a todos os funcionários que hoje trabalham nesta prestigiosa Rede de Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul, e esse abraço seria a todos os funcionários para não fazer nenhuma injustiça; porque acho e considero que, pela posição marcante que esta emissora tem no concerto das comunicações do Estado do Rio Grande do Sul, ela deve isto a sua direção, mas também a todo o seu corpo de funcionários, a toda a sua equipe de trabalho. Mas, de qualquer maneira, até por saudosismo eu me lembro de pessoas que, em épocas passadas se confundiam com a TV Bandeirantes. É o caso, por exemplo, do grande jornalista que o Rio Grande do Sul perdeu, exemplar político que hoje não mais existe, mas que ele corporificava a TV Bandeirantes, que é o nosso querido e saudoso companheiro José Antônio Daudt. E lembro também, apenas para destacar aquelas pessoas que eu considero que são realmente expressões dentro do sistema de comunicação do Estado, o Sr. Sérgio Schüller e o Sr. Paulo Solano, o nosso abraço estendido a eles todos. E, como se poderia caracterizar a Televisão Bandeirantes, como se poderia destacar, dar a imagem que ela realmente tem, como se poderia encontrar uma expressão para dizer, pelo menos na minha opinião e na minha concepção, o que é a Rede Bandeirantes. Eu me lembro que muitas vezes eu brigo com a minha mulher ao andar pelas ruas e ver uma casa e dizer: olha que casa simpática. E a minha mulher diz : ”mas está errada esta expressão, não pode ser dirigida a um prédio”, mas eu acho a casa simpática, eu mantenho sempre essa minha concepção de ver simpatia nas coisas também. E essa expressão eu quero tributá-la à TV Bandeirantes e às Rádios que compõem o grupo no Estado do Rio Grande do Sul. O senhor pode ter certeza absoluta que eu considero a TV Bandeirantes uma TV simpática. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Diretor Superintendente da TV Bandeirantes em Porto Alegre, Sr. Gudy Emunds.

 

O SR. GUDY EMUNDS: Digníssimos Vereadores de nossa Cidade, Senhoras e Senhores, neste momento em que o País está completando o seu ciclo de redemocratização política, com a realização de eleições presidenciais; neste momento, também, histórico-político de nossa Cidade, quando se elabora democraticamente a sua nova Lei Orgânica, é com muita honra que, na condição de Diretor-Superintendente da Rede Bandeirantes, no Rio Grande do Sul, estou hoje nesta Casa de representantes do povo, participando desta Sessão Ordinária, na qual, por Requerimento do Ver. Artur Zanella, se presta homenagem à TV Bandeirantes por seu vigésimo aniversário.

Vista como um todo, esta trajetória na verdade não tem 20, mas exatos 40 anos - pois foi em 1949 que a Direção Geral de nossa empresa assumiu o comando da Rádio Bandeirantes de São Paulo, dando início ao que hoje é uma das maiores redes radiofônicas do País, a já histórica Cadeia Verde Amarela, e também uma das mais amplas redes de televisão do Brasil, com mais de 40 emissoras transmitindo o mesmo sinal, a mesma programação, presente em praticamente todo o território nacional.

Esta trajetória, senhores, não traduz apenas um elenco de conquistas realizadas no passado. O que é mais importante - ela expressa claramente o que se projeta para o futuro, o que se deve e se pode esperar da Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão: expandir. Investir sempre mais e melhor, para expandir: equipar com planejamento para expandir sempre.

E expandir não para dominar, que não é esta a função da Comunicação Social. Expandir para integrar e para integrar-se. Enfim, para participar.

É desde sempre a orientação de nossa Rede de Comunicação, via rádio e TV, participar ativa e profundamente da vida comunitária onde cada uma das nossas unidades se situa, a fim de cultivarmos uma convivência autêntica com os usuários desta comunicação.

Aprendemos há muito que não basta o diálogo para que se crie uma comunicação efetiva e frutífera – pois apenas o diálogo, colocado como objetivo primeiro e último, corre o risco de transformar-se em dominação, no monólogo do mais forte ou do mais loquaz. O diálogo, ainda que importante, não o esqueçamos, é um derivado da convivência! Importa, realmente, a convivência! Numa convivência autêntica, o diálogo é conseqüência natural.

No cotidiano de seu convívio com Porto Alegre, e grande parte do Estado, a TV Bandeirantes se destaca por um jornalismo dinâmico, investigatório, transparente e voltado para todos os segmentos políticos. Um jornalismo sem alianças, compromissado permanentemente com a verdade.

O esporte também é destaque na nossa programação, aliás, diversificado em todas as suas áreas e modalidades.

Nesse momento, temos vivo interesse e estamos empenhados em colaborar com esta Casa, para que tenhamos uma nova Lei Orgânica que seja o modelo das aspirações da população de Porto Alegre.

Nosso desejo é ser o veículo de conexão entre a Câmara Municipal e o povo desta Cidade. Assim sendo, nossas emissoras de rádio e televisão estão abertas e à disposição dos representantes do povo de Porto Alegre.

Queremos agradecer ao Ver. Artur Zanella a proposição apresentada, e aos demais representantes desta Casa, a aprovação da homenagem que hoje estão nos prestando.

Embora formal neste momento, este agradecimento pretende ser efetivo através do nosso trabalho à comunidade, que hoje está aqui representada democraticamente pelos seus Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 15h41min.)

 

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